Casa Reformada

Um vizinho nosso, sr. Simplício, vivia com sua família em uma casa muito grande e antiga, por várias décadas. Ao longo dos anos, a casa foi desgastando e exigindo reformas. Além disso, uma empresa veterana na área de construções e reformas, de serviços ampla e vastamente alardeados por marketing poderoso, ofereceu-se para assumir a contratação da reforma geral. Ele aquiesceu, também porque não lhe parecia restar outra alternativa. Em pouco tempo, em lugar de lhe devolverem uma casa reformada e nova, destruiram a que ele tinha, da forma mais desastrosa possível. Acrescentaram ao mal da incompetência, a tragédia, e um incêndio destruiu parte da casa em reforma.

Fomos consolá-lo. Perguntei o que ele esperava fazer, uma vez que não tinha a casa no seguro. Procurei saber se ele tinha outra alternativa, se insistiria com aquela empresa construtora a fim de que dessem conta do desastre perpetrado. Ele me interrompeu e disse: Meu nome é Simplício, meu senhor, e meu sobrenome é Inteligente. Jamais quero ver aquela gente sequer perto do que restou do meu patrimônio. Vou procurar outra empresa que tenha novos técnicos a me oferecer.

Ele está absolutamente certo. Seria inconsequência e falta de inteligência insistir com uma empresa que não só o arruinou quanto provou ser incompetente pela pior via, a do desastre total.

Em outubro deste ano, nós teremos a mesma oportunidade do sr. Simplício, de mudar de “técnicos” para a reforma do país que foi levado ao caos. Não podemos mudar de empresa, como ele (só temos um Congresso, um Senado, um Planalto e os palácios de governo), mas podemos mudar os “técnicos” que lá dentro estão, dando lugar à esperança que toma o aval da inteligência. É hora de demitir os que nos arruinam, e pretender “empregar” pelo voto inteligente, qualquer que possa nos levar a crer que poderá trabalhar melhor que os outros. É hora de demitir essa gente. Vote inteligente. Vote como crente!