Caminho de Rupturas

Então ele chamou a multidão e os discípulos e disse: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa e pelo evangelho a salvará. Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderia dar em troca de sua alma? Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos”. – Marcos 8:34-38.

Esta palavra desafiadora do Filho de Deus, Autor da fé, é tão solene, e está tão comprometida com o tudo que a obra Dele e o Evangelho significam, que é registrada pelos quatro evangelhos, ainda com detalhes mais especiais em João 12.

É desafiadora.
É explícita.
É admoestativa.
É apelativa.

Jesus a pronunciou no exato momento em que pontuou que havia vindo ao mundo para morrer uma morte vicária. Repreendeu a Pedro que tentou desviar o significado dessa palavra. E afirmou que o Evangelho é um caminho de rupturas e renúncias, na contramão de tudo o que os líderes religiosos oferecem àqueles a quem buscam atrair como adeptos.

De vez em quando esbarro com pessoas vestindo umas camisetas com estes dizeres: “ É fácil levar Jesus no peito. Difícil é tê-Lo no coração”. Se por “ter Jesus no coração”, devemos entender a experiência de uma nova vivência confessional, tipo ser evangélico, então não é nem de longe difícil. É mais fácil ainda do que “levar Jesus no peito”. Mas se “por ter Jesus no coração“, devemos entender o “nascer de novo e viver como quem é soprado pelo Espírito” (João 3:6-8), então é muito difícil. É mais que difícil: é desafiador, mas nunca impossível. E nada menos surpreendente.

É desse segui-Lo com tal comprometimento de que fala o Senhor nesses textos. A mensagem se repete em Mateus 16:21-28; Lucas 9: 22-27 e João 12: 23-26, onde temos o reforço da alegoria: “Digo verdadeiramente que, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas, se morrer, dará muito fruto.” (V.24).

Por que é uma mensagem desafiadora? Porque o Filho de Deus deixa claro que segui-Lo implica em renúncia e numa mortificação. Pontua que essa mortificação redunda em não se envergonhar dEle. Pois não é uma proposta de vida com brilhos, mas renunciar implica em perder crédito e posições diante dos que nos querem marchando segundo o compasso deste mundo em suas ordens e pensamentos acerca da moral e do glamour. Também segundo seus próprios critérios e vontades. Seguir Jesus é romper com tudo isso. Sem presunção, nem esnobismo; sem perfeccionismo pietista, mas vendo esta geração como Ele a viu: submersa em pecado. Isto decorre de uma visão realista da vida pecaminosa.

É uma mensagem explícita porque o Filho de Deus deixa claro que é uma caminhada solitária, para poder produzir frutos que sejam abundantes. É uma caminhada de pontes queimadas, sem volta. Não se pode seguir Jesus como quem faz programas, pluga e despluga conforme seus apetites e interesses. Do tipo: “Estou envolvido hoje. Não sei se amanhã vou querer”. Não. Ele afirmou que é caminho ao Calvário, não ao pódium. Seguir Jesus é romper com perspectivas de brilhos. É assumir compromisso de se descompromissar com os desvios.

É uma mensagem admoestativa porque Ele adverte que a única via de viver, é perdendo a vida. Não fala de morte biológica, mas daquela morte de planos e sonhos que podem implicar “nos negócios desta vida” que impedem de militar-se legitimamente. Isto calca mais fundo o conceito de renúncia. Desinstala-nos de nosso conforto. E pode ser medido em ações práticas, socorristas, filantrópicas, missiológicas, devocionais. E a advertência se acentua quando ele delineia que de igual forma, fazer esta caminhada com a pretensão de ganhar, barganhar eu diria, redunda em morte. Perda de tempo na história. Morte da sabedoria, dignidade e sensatez, também. Seguir Jesus implica nessa ruptura.

Por fim, percebo nesta palavra seu tom apelativo. Ela é uma mensagem apelativa porque contém grande dose de convite. Quando Ele diz “se alguém quiser acompanhar-me”, Ele abre espaço, faz uma oferta. Ao mesmo tempo Ele acentua que é um convite a não sentir vergonha Dele, como a dizer: “Não se envergonhe de ser meu seguidor apesar dos transtornos e possíveis embaraços que isso possa lhe acarretar”.

No apelativo eu O vejo como a dizer: “Eu te convido a morrer como eu; a não querer ganhar o mundo, como eu. A deixar tua vida perder-se em Mim e para mim”, porque como está escrito: “Pois nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para si. Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor. Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor.” – Romanos 14:7-8.

Segui-Lo, de verdade, exige que façamos ruptura de todas as nossas amarras. Livres, podemos ser soprados pelo Vento, muito diferente de ser arrastados por “ventos de doutrina”.

Espírito e o Discípulo | Atos De Discípulos (14)

“Os que haviam sido dispersos pregavam a palavra por onde quer que fossem. Indo Filipe para uma cidade de Samaria, ali lhes anunciava o Cristo. Quando a multidão ouviu Filipe e viu os sinais milagrosos que ele realizava, deu unânime atenção ao que ele dizia. Os espíritos imundos saíam de muitos, dando gritos, e muitos paralíticos e mancos foram curados. Assim, houve grande alegria naquela cidade…No entanto, quando Filipe lhes pregou as boas-novas do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, creram nele e foram batizados, tanto homens como mulheres. O próprio Simão também creu e foi batizado, e seguia Filipe por toda parte, observando maravilhado os grandes sinais e milagres que eram realizados… Um anjo do Senhor disse a Filipe: “Vá para o sul, para a estrada deserta que  desce de Jerusalém a Gaza”. Ele se levantou e partiu. No caminho encontrou um eunuco etíope, um oficial importante, encarregado de todos os tesouros de Candace, rainha dos etíopes. Esse homem viera a Jerusalém para adorar a Deus e, de volta para casa, sentado em sua carruagem, lia o livro do profeta Isaías. E o Espírito disse a Filipe: “Aproxime-se dessa carruagem e acompanhe-a”…Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe repentinamente. O eunuco não o viu mais e, cheio de alegria, seguiu o seu caminho. Filipe, porém, apareceu em Azoto e, indo para Cesareia, pregava o evangelho em todas as cidades pelas quais passava.”  Atos 8:4-8, 12-13, 26-29, 39-40

O ambiente de Atos é o cenário do Espírito Santo. Ele ocupa o centro das ações como o protagonista do livro, de tal forma que muitos estudiosos disseram que o livro deveria se chamar “Atos do Espírito Santo”, porque, de fato é esta Terceira Pessoa da Trindade Santa Quem Se destaca e age, desde que é citada em 1:8 até o final da narrativa. Ele opera a Igreja e na Igreja. Nós O vemos agindo incessantemente e criando uma familiaridade com os discípulos que parece cumprir literalmente a promessa: “E eu pedirei ao Pai, e ele dará a vocês outro Conselheiro para estar com vocês para sempre” – João 14:16. E aí está Ele, fazendo esta missão de estar com a Igreja em substituição ao Senhor.  Outro,  aqui, parece funcionar como “também Este”. Ele decide, Ele faz acontecer, determina, convoca, potencializa: realiza! E a Igreja comporta-se ciente de que  não pode passar sem Ele.

Entra em foco outro discípulo: Filipe. Já tínhamos visto seu nome na diaconia, distinguido como um dos escolhidos por ser reconhecidamente cheio do Espírito.  E as cenas que ele desenha com sua vida e serviço, frisam para nós o que pode e faz o Espírito na vida do discípulo.

Duas vezes a narrativa salienta que Filipe era usado pelo Espírito para operar sinais milagrosos com grande destaque para cura. Mas antes de apontar para este fato que chamava a atenção dos ouvintes, destaca que ele pregava, o povo o  ouvia e cria. Pregava o evangelho. Pregava, e batizava os que criam. E com isso a gente percebe que o serviço deste discípulo estava marcado por esse trinômio: pregação, batismo e sinais milagrosos. Nesta ordem. O Espírito realizava todas estas coisas em Filipe, por meio dele e com ele. Mas há outra coisa a apontar  aqui: a movimentação de Filipe. Começa com esta singular forma  de mostrar como literalmente se cumpria nele o que Jesus ordenou: “Indo, façam discípulos”. Veja o texto, de novo: “Indo Filipe para uma cidade de Samaria, ali lhes anunciava o Cristo”. Uma vez em Samaria, Filipe não ficava num mesmo lugar, pois o texto diz que ele era seguido “por toda parte”, por Simão, o mágico. Depois o vemos seguindo para Gaza, tendo recebido orientação de um anjo para dirigir-se até lá, e antes de chegar, onde nem mesmo entra, encontra um oficial da Etiópia, prega-lhe o Evangelho e o batiza. Foi o Espírito que disse no ouvido de Filipe que se chegasse ao etíope. Ato contínuo, arrebata-o e o faz aparecer em Azoto, onde não fica, mas segue para Cesárea, e ali, “pregava o evangelho em todas as cidades pelas quais passava”. Todas as cidades pelas quais passava. O homem não cessava. O que desponta é esse movimento contínuo, sempre soprado pelo Espírito, de forma até assombrosa. Vai abrindo frentes, por onde passam outros e vão consolidando o seu trabalho iniciado.

A ação do Espírito na vida de Filipe testifica e autentica de forma literal a Palavra que Jesus comunicou a Nicodemos, deixando claro que essa palavra é pertinente e caracteriza todo, toda, que é nascido do Alto: “O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito”.- João 3:8. Temos o mau hábito de ler este texto fazendo transferência de seu significado. Transferimos e o reduzimos como pertinente a crentes que têm um chamado ministerial ou missionário. Isto parece adequar-se mais à ideia de que para Deus somente algumas pessoas podem ser movidas, deslocadas de seus enraizamentos. Deixamos de nos conscientizar de que o título “ministerial” dado por Jesus àqueles que são deslocados pelo Espírito é “nascidos do Espírito”. No entanto, lemos, cremos e confessamos que

“nascidos do Espírito” é característica imprescindível e determinante para que alguém seja de Cristo, cristão genuíno, discípulo.

O Espírito está livre e expansivo como o vento na vida do discípulo, para soprar nele e movê-lo quando e para onde quiser. É assim que Ele nos faz cumprir a determinação do Senhor: “Indo, façam discípulos”. Com sinais ou sem eles, pregando as boas novas. À semelhança de Filipe, nosso “indo” não tem que necessariamente ser um lugar aqui, outro acolá. Na atualidade, dentro desta geração entre a qual vivemos, nosso “indo” ocorre todos os dias. Nos dias de Filipe, percorrer três, quatro quilômetros para chegar a um povoado ou encontrar uma carruagem para contatar seu usuário, requeria uma intervenção sobrenatural de Deus, arrebatamentos, e tais. Hoje, nossos veículos, ônibus, táxis, Uber, avião, nos levam a distâncias antes impensáveis no decurso de horas, apenas. E cada um desses movimentos representa nosso “indo”. Se neles há um discípulo, por certo há o Espírito. Para ser um Filipe, resta ouvir Paulo: “Deixem-se encher!” E então o mais Ele fará!

Simples…Assim

“Sejam símplices como as pombas…” – Mateus 10:16.

Se você prestar mais atenção perceberá que o oposto da simplicidade é a complexidade. Que esta traz no seu bojo sempre, a sobrecarga, tanto de haveres quanto de deveres. E mais: Você pode se dar conta de que a simplicidade é inata ao ser humano, que dela desiste por influência externa ou por observação do externo.

Se temos que aprender com pombas… o que elas têm a nos ensinar? Não muito.  E exatamente por isso: são simples, diferentemente de outras aves. Elas procuram agregar-se a ambientes humanos para usufruirem as benesses destes. Fazem seus ninhos o mais próximo possível de construções humanas, ou mesmo dentro delas. Andam e voejam por seus quintais e praças. Entre usarem as águas de um regato ou de lagos citadinos, é nestes que elas preferem se banhar. Como se elas e nós fôssemos assemelhados. E aí está, a meu ver, o ponto mais conclusivo da simplicidade das pombas, pois deixamos de ser simples quando voltamos nossa consciência para a auto-importância que nos impõe ver o outro como diferente. Para mais (e então buscamos superá-lo) ou para menos (e sobre ele triunfamos).

Consigo equiparar pardais a pombas, no quesito simplicidade. Mas não vejo simplicidade nas andorinhas, nos sabiás, nos sanhaços, nos joãos de barro, estes com suas casas artísticamente artesanais. Por mais belos que sejam, e por isso mesmo, simples não são. Pombas são simples, desprendidas, entregues. O faisão está para a riqueza quanto a pomba está para a pobreza, até mesmo nos rituais dos sacrifícios da Lei de Moisés.

Jesus nos diz: sejam como elas.

Porque a contramão da simplicidade traz grife, luxo, luxúria, endividamento, sobrecarga, prazeres que desembocam em dissabores, ansiedades, fobias, depressão pós euforia consumista, soberba da vida, jactância e tudo mais que   não presta. Traz poder, mas este não traduz força.

Sempre gostei de pensar no fato de que ser simples é barato, e tudo que não é simples é caro, mas sem valor real. O valor é só aquele que é atribuído. Isso vale para coisas e pessoas. Por ser caro, o não-simples é efêmero: no uso e no tempo.

Já percebi que diferentemente do sofisticado, o simples está carregado de afeto.  O sofisticado costumeiramente é frio, seja objeto ou gente. E quando objeto, o afeto é aquele que ele pode inspirar. Positivo para o simples, com certeza, mas só para o simples.

Melhor é ser barato, ou se arriscar a cair nas palavras do Filho de Deus: “Assim é  o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.” – Lucas 12:21. Este troca a simplicidade por um vazio.

Fomos chamados a ser pombas. Não faisões, nem pavões. Ovelhas. Nunca lobos.

Intimismo Divino

“Como tenho saudade dos meses que se passaram, dos dias em que Deus cuidava de mim…Como tenho saudade dos dias do meu vigor, quando a amizade de Deus abençoava a minha casa.” – Jó 29:2 e 4.

Esta linguagem que expressa uma experiência colocada no vazio de um saudoso passado, aponta uma possibilidade oferecida à fé, que pode ser vista,  pelo  menos, em dois textos que devem cativar nosso interesse espiritual: “Cheguem-se a Deus e Ele Se chegará a vocês”(Tiago 4:8), e: “Aproximemo-nos, com sincero coração”(Hebreus 10:22). Pois falam de uma proposta intimista, impossível ao homem comum imaginar, na relação pessoal do homem com seu Deus, por meio de Cristo Jesus. No entanto, foi o que nos ofereceu Jesus, e também podemos visibilizar isto em dois textos que registram Sua fala: “Quantas vezes eu quis ajuntar teus filhos, como a galinha ajunta seus pintainhos sob suas asas”(Mateus 23:37); e: “Entra no teu aposento e fala em secreto com teu Pai. E teu Pai que está em secreto, te recompensará” – Mateus 6:6.

Outro tanto, além de Jó, temos o registro dessa possibilidade sublime, na súplica de Daví, no salmo 57:1 – …“pois em ti a minha alma se refugia. Eu me refugiarei à sombra das tuas asas, até que passe o perigo.” Belíssimo. Do mesmo nível da promessa que afirma: “Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso pode dizer ao Senhor: “Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio”. – Salmos 91:1-2.

E tudo isso nos aponta a possibilidade de um intimismo com Deus, possível ao  que O ama, ao qual Ele Mesmo nos convida, como expressa o salmo 25:14 – “A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.”- Salmos 25:14 ARA.

Jó lamenta a perda desse intimismo, conforme ele supunha haver perdido, e indo na direção inversa do seu lamento, podemos alinhar alguns pontos de excelência dessa experiência, ou seja, os resultados que ela produz, dos quais ele sentia saudade. Isso para nos conscientizarmos do que podemos viver pela fé, quando vivendo em intimismo com Deus. Ao mesmo tempo, uma vez crentes veteranos, consciência do que provavelmente estamos perdendo.

Quero salientar cada um deles aqui, apontados em seu lamento no capítulo 29 do seu livro:

Efeitos internos 
  • “…dias em que Deus cuidava de mim,” Paulo usa desse verbo para significar do cuidado de Cristo pela igreja, em Efésios 5. Pedro afirma: “Ele tem cuidado de vocês”.
  • “ …a sua lâmpada brilhava sobre a minha cabeça e por sua luz eu caminhava em meio às trevas!” Lembram: “porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.” – Romanos 8:14.
Efeitos externos: 
  • Honra pública: “Quando eu ia à porta da cidade e tomava assento na praça pública; quando, ao me verem, os jovens saíam do caminho, e os idosos ficavam em pé; os líderes se abstinham de falar e com a mão cobriam a boca.”- vv7-9;
  • Vida de santificação: “A retidão era a minha roupa; a justiça era o meu manto e o meu turbante.”- 14;
  • Frutos da Sabedoria: “Os homens me escutavam em ansiosa expectativa, aguardando em silêncio o meu conselho. Depois que eu falava, eles nada diziam; minhas palavras caíam suavemente em seus ouvidos. Esperavam por mim como quem espera por uma chuvarada e bebiam minhas palavras como quem bebe a chuva da primavera.” 21-23;
  • “Era eu que escolhia o caminho para ..”(v.25) – Isto nos lembra: “O justo é um guia para o seu companheiro”.

Há algo mais que Jó nos ensina como fruto de uma vida íntima com  Deus: “quando o Todo-poderoso  ainda estava comigo…” – A companhia de Deus vista  em Seu poder. Jeremias fala disso quando diz: “O Senhor está comigo como valente guerreiro” (20:11). Mas a ênfase recai sobre a sentença “estar comigo”. Companhia. Companheirismo. A maior expressão de bênção que a Graça  promete. A fé que não nos move a este desejo, nem pretenda levar-nos até aí, é vazia em todos os sentidos. Mas somos convidados a chegar a esse nível de vida de comunhão. Menos que isso é desperdício.