A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês.” – 2 Coríntios 13:14.
Por conta da solenidade deste dia de hoje, eu me sinto movido a pensar na declaração solene de Paulo, na segunda linha de sua clássica Bênção Apostólica: O amor de Deus, e esse amor vinculado à mais sublime revelação do que a Graça em Cristo nos ofereceu em Deus.
Gosto de pensar e entender que a oração de Jesus registrada em João 17, quando Ele diz a Deus: “Manifestei o Teu Nome aos homens que do mundo me deste”, que o Nome de Deus que Ele manifestou foi PAI.
Foi, de fato, o Senhor Jesus Quem nos revelou a paternidade divina como ninguém antes dEle sequer pensou em fazer. Quando Moisés se referiu a Deus como Pai para Israel, ele o fez se referindo a Deus como o criador do povo, e sempre numa linguagem metafórica, de tal maneira que jamais judeu algum entendeu essa paternidade anunciada, em caráter pessoal. Mas Jesus proclamou a paternidade divina, e Seu Evangelho tornou claro que ela ocorre por meio de um processo, como resposta de Deus à fé no coração dos que se rendem a Cristo: João 1:12. De forma que ter Deus por Pai não é decorrente de uma auto-proclamação humana, mas resultado de um agir de Deus, que opera uma realização transformadora de natureza.
E o Evangelho nos ensina fartamente esta gloriosa doutrina.
Aprendemos que a filiação divina é resultado de um processo espiritual da parte de Deus no coração de quem crê: Romanos 8: 14-16. “porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os torna filhos por adoção, por meio do qual clamamos: “Aba, Pai”. O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus.”
Depois temos isto bem elucidado em Gálatas 4:6, onde um reforço do ensino se inscreve: “E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho ao coração de vocês, e ele clama: “Aba, Pai”.”
A continuação dos textos, tanto em Romanos como em Gálatas, mostra que o apóstolo ao nos posicionar como filhos de Deus, faz contraposição à condição dos escravos, para mostrar o elevado contraste quanto ao lugar que ocupamos. O escravo era cria da casa sem direito a nada. O filho, herdeiro de todas as casas. E para provar que essa condição filial é legítima e completa, o apóstolo insiste em mostrar em Romanos 8:17 que somos herdeiros de Deus, tanto quanto Jesus é herdeiro.
E ainda, o próprio Senhor Jesus, fez esse contraponto quanto a nós, entre ser filho e ser escravo, em João 8:35 – “O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre.”
Mas, a revelação da Palavra de Deus nos remete ao amor de Deus na Sua qualidade de Pai. E o que conhecemos desse amor?
Passo a lhes mostrar algumas janelas que nos permitem ver, conhecer e pensar.
Primeiramente temos Jesus nos revelando a intensidade do amor desse Pai. João 17:23 – “eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.”
Depois, ouvimos que esse amor nos precede no tempo desde os dias da eternidade: Jeremias 31:3.
E então Paulo nos mostra que, dada Sua essência e eternidade, esse amor é insuperável, excedendo nosso entendimento em todas as dimensões: altura, profundidade, largura e comprimento. Efésios 3:18 e 19.
Nunca devemos esquecer que o amor que Deus nos oferece é amor paterno. E tal como ocorre na realidade da família humana, o amor paterno é uma oferta, uma conquista do amor do filho, feita pelo pai. De igual maneira, como nosso Pai Celeste, o Deus Eterno fez uma conquista do nosso amor:
- falando ao nosso coração;
- Cobrindo – nos com Sua graça
- Oferecendo- Se a nós na pessoa de Seu Filho Jesus;
- Manifestando Sua bondade e cuidado;
- Fazendo-nos participantes de Sua natureza
No entanto, importa entender que por amor paterno em Deus, temos um amor responsável, não paternalista. As pessoas entendem que por sermos filhos somos tratados de forma irresponsável por nosso Pai celeste, por ser amoroso. Não. Longe disso, a Palavra de Deus nos ensina que Ele nos disciplina, corrige porque nos ama: Hebreus 12:4-11.
Depois, temos Jesus nos ensinando em Lucas 15, na parábola do filho pródigo, que se nos desviamos do ambiente doméstico de Deus, Ele continua “em casa”, como Pai esperando nossa volta como filhos, mas não sai para nos proteger no ambiente de nossa má escolha. Ele é responsável e formador de caráter. É Pai justo e santo.
Este Pai nos ama. E espera que tenhamos atitudes próprias de filhos, daí Sua Palavra exortar: “Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.”
1 João 3:1.
E: “O filho honra seu pai, e o servo, o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a honra que me é devida? Se eu sou senhor, onde está o temor que me devem?”, pergunta o Senhor dos Exércitos…” – Malaquias 1:6.
Acima de tudo, desejo muito que cada filho ou filha de Deus, pense nEle à luz de Salmo 103: 13-14: “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem. Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó.”
Você já rendeu a Cristo sua vida e fé? Então Deus lhe trata como filho ou filha. E conforme Ele afirmou: “O filho fica para sempre em casa”.