“…E Ele será chamado…Príncipe da paz” – Isaías 9:6
Este é o último título dado ao Messias nesta profecia de Isaías.
Quando da comunicação de Seu nascimento, o coro angelical cantou: “Paz na terra!”.
Algumas dezenas de anos depois, o apóstolo Paulo dizia a Seu respeito: “Vindo, Ele evangelizou a paz”, ou seja, comunicou que a paz estava estabelecida ou acessível.
No entanto, há mais de dois mil anos a humanidade intensificou e pluralizou conflitos. Não findamos um único dia sem ouvir os noticiários reportando palavras como: bombardeio, tomada de cidade, tropas, guerrilheiros, refugiados… E é fato inconteste que graves carnificinas foram perpetradas na Idade Média em nome do Príncipe da Paz.
Falhou a promessa? Era falsa? De que paz falamos, afinal?
O mesmo apóstolo Paulo nos ensinou, dizendo: “Justificados pois, pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1) e isso explica tudo. O problema da ausência de paz reside na ausência de reconciliação do indivíduo com Deus através da justificação em Cristo. Na verdade, o núcleo da paz é o gerenciador de todas as suas formas: paz consigo; paz com o outro; paz com a natureza; paz com as coisas da vida.
E é relevante considerar o título dado a Jesus com respeito à oferta de paz: Príncipe. Príncipe da paz. Príncipe é palavra derivativa de principal, princípio, primeiro. Fica clara, a meu ver, a proposta de paz: Primeiro com Ele, nEle e a partir daí haverá paz com todos e com tudo. Logo, não houve falha na promessa.
O homem vive em constantes conflitos: da vontade; do pensamento (psíquicos). Do desejo (físico) e do transcendental (espiritual). Estes conflitos, nessa ordem, manifestam-se em sintomas perceptíveis como estresse, patologias emocionais; ganâncias, usura, consumismo, cobiça; angústias, fobias, evitações do invisível e incertezas quanto à eternidade. E então busca temerariamente compensações para cada um deles, em vão. Tais compensações engendram encarceramento mental, financeiro, social (afetivo) e por fim a ansiedade que precipita a morte. E não morre “bem”, por fim.
Falta Jesus no princípio de tudo. Posto como o principal, o príncipe. Esse é o único lugar que Ele ocupa e essa posição é alçada pela vontade consciente do homem, não é um movimento ritualístico, teoria religiosa. Mas um exercício consciente de espiritualidade sadia.
Propalam-se mensagens natalinas ridículas acerca da paz, como a manifestação de estereótipos logorreicos, vazios. Jargões.
Sequer pode haver natal onde Jesus não é Príncipe.
Seja Ele o Príncipe, o primeiro e único em sua vida, em sua família; então haverá Natal, um Feliz Natal agora e sempre.
É nosso desejo, com carinho,