Desejo e Dádiva

Maior parte das vezes nós nos permitimos parar diante de Deus para pedir. Quando manifestamos gratidão, ela quase invariavelmente não assume o mesmo formato em tamanho e intensidade quanto à petição proferida.

Mas Deus Se agrada de um coração grato. Lembramos que certa feita o Senhor Jesus questionou o fato de apenas um dentre dez leprosos curados, haver voltado para agradecer a cura recebida. Outro tanto somos exortados pelo apóstolo Paulo a dar graças em todas as circunstâncias, e reforçou seu argumento: “…pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.” – (1 Tessalonicenses 5:18).

Nossos desejos são, costumeiramente, a pauta motivadora de nossas orações. E oramos porque sabemos que Deus sempre ouve as orações, e a elas responde não só Se servindo do Seu poder, mas por meio de Sua fidelidade e sabedoria, e muitas vezes não entendemos isso.

Mas, aprendemos com os salmistas a sermos gratos a Deus: “Bendize, ó minhalma ao Senhor, e não te esqueças de nenhum só dos Seus benefícios”; “Amo ao Senhor, porque Ele ouviu minha oração…” E ao longo do saltério encontramos tantas expressões de gratidão e louvor por conta de todo o comprovado cuidado e fidelidade do bom Deus para com aqueles que O buscam.

Salta em destaque uma expressão um tanto incomum de gratidão, no salmo 116, quando o salmista expressa uma preocupação que deveria também ser um impulso em nosso coração crente: “Que darei ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito?”

Quantas vezes seu coração lhe trouxe esse desejo e preocupação? Quantas vezes você parou para pesar a importância aos olhos de Deus, de que sua gratidão tomasse vulto de coisas factíveis, além de verbalizações gratulatórias?

Já lhe ocorreu que o Deus que abençoa sua vida, espera que sua gratidão vá além de Lhe dizer,“obrigado, Senhor?”

Creio que isso corre no mesmo espírito da Palavra que diz: “Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.” – (1 João 3:18)