“Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra, pois puseste a tua glória sobre os céus!”- Salmos 8:1.
“Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.”- Salmos 19:1.
“E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.”- Isaías 6:3.
“Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
E quão preciosos são para mim, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles! – Salmos 139:14, 17.
“Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!”- Lucas 2:14.
O que estes textos têm em comum é a interjeição de um coração admirado e surpreendido por prestar atenção na glória de Deus vista no produto de Sua obra criadora. Daví, os serafins na visão de Isaías e os anjos da anunciação do primeiro natal, fazem eco entre si no coro de interjeições admiradas. Com abundância as palavras “glória”, “admirável” e “maravilhoso” são empregadas para expressar o que sente a alma alagada de beleza.
O que eles têm para nos ensinar desde seus ambientes escolhidos para a contemplação, (o céu aberto de uma escura noite, um templo de serviço espiritual, ou as campinas de uma noite fria em Belém), é que parar, deter-se para perceber, sentir, deixar-se inebriar; impõe-se contra a corrida do cotidiano incréu e vazio que nos leva à indiferença quanto ao belo e majestoso, impregnado das marcas do poder criador do Deus Eterno. No entanto, essa mesma indiferença sofre suspensão naqueles que não se apercebem e reputam por lugar comum aquilo que o homem não fez, quando detêm-se admirados ante os artefatos descartáveis do gênio humano: carros, grifes estéticas, robótica e que tais. É reedição literal de Romanos 1:25 – “pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador…” E quantos, dentre os que foram preenchidos com o Espírito da glória para adorarem em Espírito e em verdade, são achados nessa contramão do direito divino!
Adoradores são os que admiram o Criador a partir das coisas criadas. Rendem-se diante de belezas que o gênio humano não pode produzir: dos matizes ordenados de uma flor, aos olhos sorridentes de um neonato. De um vale profundo em direção ao seio da terra, ao pináculo dos cumes montanhosos que parecem aplaudir altaneiros a glória dAquele que habita nas Alturas. Do som de águas que fluem céleres, aos timbres variados de pássaros ocultos entre folhas. Na surpresa do exercício da misericórdia entre os homens aos seus pares.
E tudo isso permeado ainda pelo invólucro de uma natureza decaída, que gemendo, aguarda o dia da manifestação de sua glória, para o que foi criada.
E quando lemos que toda essa glória criada, disponível para ser contemplada e inspirar adoração, foi feita para nos embelezar a vida e dentro de nós suscitar nosso melhor e o mais elevado dentre os nossos sentimentos!…
Eu e você, criados tanto quanto tudo mais, fomos dotados de capacidade de percepção, de sensibilidade cognitiva para ver, sentir e admirar, e então render adoração, agradecidos.
Deixe seu cântico de adoração rendida e grata, ao amanhecer. Admire o brilho da manhã ensolarada. Divirta-se com o som e a dança das gotas de chuva. Aspire o aroma da brisa da tarde e diga: “Ó, Senhor, Senhor nosso! Quão admirável é o Teu Nome na minha vida!” Pois Ele o fez para você também, como co-herdeiro pela fé, de Seu Santo Filho Jesus.