Co-Herdeiros na Herança

“Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo…”    – Romanos 8:17.

Neste texto o apóstolo Paulo nos coloca numa categoria de relação com Deus que é inimaginável. Ele afirma que somos herdeiros de Deus, e por força da revelação trazida por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, sabemos que na relação pai-filhos. A isso segue-se o fato de que Deus nos assegura que pelo Espírito Santo podemos viver nossa filiação divina ao nível da intimidade do Filho Unigênito. E, de fato, ao nos  posicionar como Seus herdeiros, indica o nível, condição e possibilidade dessa herança ao dizer que ao mesmo tempo somos co-herdeiros com Cristo.

Começando com esta última informação, devemos pensar no texto de Efésios 1:3 – Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo… O servo de Deus, D.M. Lloyd-Jones, chama nossa atenção comentando sobre este texto de Efésios quanto ao fato de que Paulo tem aqui o cuidado de frisar o tipo de paternidade que usufruimos da parte de Deus, através de nossa fé em Cristo. Ele é o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Isto estabelece que é nesses termos que usufruimos a paternidade divina, daí sermos co-herdeiros com Cristo: a paternidade experimentada por Jesus.

Vejamos alguns níveis estabelecidos nesse tipo de paternidade a nós oferecida:

  • Está além dos parâmetros na experiência de paternidade humana, quer negativos, quer positivos. Nem mesmo os positivos segundo nossos critérios.
  • Antes, é a paternidade oferecida a Cristo e por Ele usufruida. Vamos vê-la de perto:

Este é o meu filho amado, no qual tenho prazer – Lucas 3:22 –   Cf. Efésios 1:6

Graças te dou, ó Pai, porque sempre me ouves –  João 11:41 e 42.

Ainda que sendo Filho, aprendeu a obediência por meio daquilo que padeceu – Hebreus. 5:8.

…mas eu de fato O conheço, e obedeço à Sua Palavra –  João 8:55.

Eu vivo por causa do Pai. – João 6:57.

Meu Pai, que vocês dizem ser o seu Deus, é Quem me glorifica – João 8:54.

Como o Pai me amou, assim eu os amei… João 15:9.

 

E então, vejamos a herança dEle, da qual fomos feitos participantes:

Tudo o que tenho é Teu, e tudo o que tens é meu –  João 17:10

Dei-lhes a Tua Palavra – João 17:14

Assim como me enviaste ao mundo… – João 17:18.

Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti;  – João 17: 21.

Dei-lhes a glória que me deste – João 17: 22.

…a glória que me deste porque me amaste antes da criação do mundo – João 17:24

o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja. – João 17:26.

Como co-herdeiros, fica estabelecido que herdamos na mesma medida, mas também que isto só é possível a nós porque Deus estabeleceu incluir-nos na herança do Seu Filho, ao colocar o Espírito do Filho dentro de nós: ” …mas receberam o Espírito que os torna filhos por adoção, por meio do qual clamamos: Aba, Pai (Romanos 8:15).

E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de Seu Filho ao coração de vocês, e Ele clama: Aba, Pai – Gálatas 4:6.

É importante salientar uma pequena mas significativa diferença assinalada pelo apóstolo entre os dois textos quanto à experiência intimista na relação filial. Em Romanos ele diz que o Espírito de filiação nos habilita a esse nível de relacionamento. Em Gálatas ele nos faz perceber que esse mesmo Espírito nos personifica nesta relação, ou seja, num momento, cheios dEle clamamos: Aba! Noutro, Ele Se move em nós e clama por nós: Aba!

Na primeira instância, aí estamos nós, como herdeiros. Na segunda, eis-nos nivelados como co-herdeiros. Aleluia!

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome. João 1:12.

Maior Tesouro

Outrossim, o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; e, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a. -Mateus 13: 44-46.

 

Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso. – I Pedro 1:8

 

Pedro está falando para cristãos, crentes em Jesus, tão homens e mulheres como nós, que criam nas mesmas coisas em que cremos e viviam a experiência de sua fé cristã em modelos semelhantes aos nossos: reuniam-se como povo para ter comunhão, celebrar a ceia, cantar e ouvir o ensinamento das Escrituras. Era gente que orava e evangelizava. Eram diferentes de nós em sua experiência no fato de que não tinham as Escrituras formadas e completas em mãos nem acesso fácil ao que estava escrito; outro tanto não gozavam de liberdade e facilidades para viver sua fé como vivemos hoje. Ser cristão àquele tempo não produzia nenhum  status. Pelo contrário, era até mesmo humilhante.

Nos versos anteriores Pedro informa que a fé que eles tinham passava por provas constantes (v.5 a 7). Observe. Criam na vida eterna, nós também. Amavam ao Cristo a Quem não viam. Nós também. Eram provados, nós também. Mas ouvimos que sentiam grande alegria em decorrência da fé que tinham. Nós também? E é por onde começamos a nos distanciar deles.

Destaco dois pontos fundamentais, ressaltando que Pedro os assinala como coisa corriqueira, real, presente, ocorrendo neles em decorrência de serem crentes em Cristo: grande alegria e gozo inefável e glorioso. Onde isso está em nossa experiência de fé?

Preciso, forçosamente, pontuar que lemos estes textos e passamos por cima entendendo que isso nos diz respeito, como se fizesse parte da herança de nossa fé, não necessariamente experiencial. Ou pouco k

No mais o que vemos são crentes divertidos em atos cúlticos, shows gospels  onde dançam, gritam, pulam, na mesma medida em que o fazem em suas festas profanas, com o diferencial do ambiente e conteúdo das letras cantadas.

Ou quando vivem surtos fenomenológicos, como cair ao chão, entrar em êxtase de riso ou semelhantes, que duram o tempo de uma reunião e nada acrescentam à sua realidade moral no cotidiano. Ou ainda, e aqui reside a redução maior: confundem gozo espiritual com satisfação pela resposta pretendida numa súplica.

Mas é disso que Pedro fala? Claro que não. Mesmo porque ele fala de uma grande alegria e um gozo inefável que é vivido num contexto no qual o mínimo a esperar é queixa e desespero.

Nem tão pouco ele insinua que a situação de provação é a causa do gozo incomum. Fica claro no texto que a causa é Jesus, Ele Mesmo, Sua Pessoa.

Mas onde reside em nós esta realidade da fé? Até onde a pretendemos? Se a presença de tamanho gozo era marca registrada da vida espiritual  deles, o que acontece conosco e o que nos define, evidencia ou qualifica como cristãos? Estamos no caminho certo? Ou: estamos caminhando certo no Caminho?

Como é sua fé? Momentos agradáveis ou efusão do Espírito de Deus?

O que se passa conosco?

Pedro nos mostra de pronto: o ponto de convergência está fora de ponto. Daí a importância de nos voltarmos para a parábola da pérola de grande valor.

Qual sua lição?

O negociante já buscava diversas pérolas. Gosto de associar esta parábola àquela imediatamente anterior onde o personagem é tido apenas como sendo “um homem” e a pérola é um ” tesouro de grande valor”. Nas duas, tesouro e pérola assumem o lugar do objeto desejado. Note que o negociante buscava várias pérolas, pérolas boas, mas encontrou uma incomparavelmente melhor. O homem da outra parábola possuia diversas coisas de que abriu mão, outros tesouros ou outros valores, que se apagaram diante do achado maior. E surgiu um desejo irreprimível que pode ser descrito assim:  ” O que encontrei precisa ser meu. Eu o quero. É melhor do que tudo que tenho. Esvazia os valores de tudo que eu tenho. Secundariza, desvaloriza, de maneira que tudo mais perde lugar e valor”. E então se movimenta: um e outro, desfaz-se de tudo para poder comprar a pérola, o tesouro de grande valor.

É isso que falta à maioria dos cristãos. Ainda não se deram conta de Quem de fato Ele é. Não são crentes nEle, mas no que pode vir dEle. Estão presos às suas próprias pérolas e O buscam na medida em que pretendem garantir que Ele os ajude a não perderem nem diminuirem suas pérolas. Buscam-No na medida em que pensam que Ele lhes faz aumentar as pérolas. E O perdem. Vivem longe do gozo inefável.

Em lugar desse gozo, estão ansiosos, temerosos, hipervigilantes  sobre a vida e seus aspectos, perigos, ameaças, realizações temporais.

Pérolas redundam em dinheiro, lazer, saúde, família, nome, sonhos e desejos.

Buscar a Cristo está para eles fora de qualquer proposta de abrir mão, perder, sofrer perda. Antes é manter, ampliar e garantir.

Podem trocar facilmente Jesus por Buda ou algum orixá. O que lhes falta é saber que nem um nem outro está escrito na Bíblia como divino.

Porque querem ganhar, perdem. Tal como disse Jesus.

Pensam que gozo inefável, viver no nível da comunhão de filho que tem em Deus seu “Aba”, é coisa para os cristãos do primeiro século ou para alguns excepcionais da fé na contemporaneidade.

Mas nada entendem de grande alegria ou gozo inefável. Seu trânsito como testemunhas de Cristo é apenas e nada mais que viver uma confissão evangélica. Mas onde a paixão? Onde o amor que desprende, que arrebata? Onde a vida cheia do Espírito e de Sua alegria? Entendem por estar cheio o exercício de alguns dons carismáticos, nada mais. E a maioria nem por aí vai.

O que falta? Falta Cristo, como a pérola mais preciosa, cujo valor requer o desprovimento e abandono dos demais valores. Falta de fato saber Quem é Jesus. Árdua tarefa de Paulo, “para conhecê-Lo”. E olhe que poderíamos dizer que Ele já O conhecia suficientemente a partir do primeiro encontro quando à sua pergunta: “Quem és Tu, Senhor”, recebeu a resposta: “Eu Sou Jesus a Quem Tu persegues”. Era de se esperar que ele tivesse ficado satisfeito. Mas dezenas de anos depois; dezenas de experiências e revelações depois, lá está ele, insatisfeito, dizendo abrir mão de todos os seus valores e conquistas pessoais, como a dizer: “Quero conhecê-Lo” (Filipenses 3:10).

Exagero? Bem, o que dizer do que falou o próprio Senhor: “Qualquer que amar pai, mãe, irmãos, filhos, mais do que a Mim, não é digno de Mim” –

Você já se deu conta que esse é o parâmetro para seu cristianismo, o modelo de ser testemunha?

Jesus está textualmente afirmando que não sendo assim, não serve para Ele.

Você está pronto a abrir mão dessas pérolas? Onde está o gozo inefável? Está bom como está? Bem, se você disser que sim, para si mesmo, ouça: o Senhor lhe diz que não.

Enquanto “aba”, não for o nível de sua vida com Ele, e só o Espírito dEle torna isso possível, você está longe do “gozo inefável”.

Não Creia na Morte

Não creia na face da morte quando diante dela estiver. É somente uma máscara. Não creia na máscara da morte quando ela estiver sobre mim. É apenas uma máscara. Não tome por verdadeiros os seus sinais. Não aceite a mensagem da rigidez, dos olhos cerrados e da inércia pétrea. São apenas invólucros que escondem e ofuscam a verdade por detrás de tudo.

Não estarão fechados os olhos, como pretende a máscara. Estarão abertos e admirados ante o fulgor da glória que resplandece. E estarão cintilando ao refletir o esplendor divino que desfila ante eles, graciosamente.

Não tente falar aos ouvidos da máscara porque eles estarão encobrindo os ouvidos que ouvem o som da Voz como de muitas águas, que proclama altissonante meu novo nome e me diz: “Vem, bendito do Meu Pai. Possui por herança o Reino que te está preparado desde a fundação do mundo!”

Não estarão inertes as mãos que a máscara da morte afirma não mais poderem acarinhar. Antes escondem aquelas que se levantam jubilosas para aplaudir o Rei da Glória que ante mim passa em toda Sua majestade. Elas também estarão saudando os amados desde muito já não vistos.

Os lábios cerrados da máscara encobrem a verdade daqueles que se abrem, estupefatos e adoram: “Senhor meu e Deus meu!”

Os braços não são esses rígidos e inertes, mas aqueles que abraçam os joelhos do seu Cristo e tocam Seus pés com gratidão indizível.

Não há um corpo que parece dormir, mas um novo, íntegro, belo, sadio, que se curva para adorar e que salta a celebrar.

O coração que está em silêncio sob a máscara, longe disso, foi substituído por aquele que salta do peito para o peito de Jesus, a Quem pertence.

Não creia no silêncio irrespondível que a máscara impõe. Ele apenas encobre os sons que você não pode ouvir, mas que dizem coisas inefáveis, impensáveis, inimagináveis que ao homem não é lícito falar, pois nos faltam tais palavras.

Não creia na máscara da morte em mim. Eu estarei vivendo de fato, como nunca antes, e para sempre. E quando a máscara for coberta pelo obelisco com epitáfio, não permita a falsa inscrição: “Aqui jaz”, mas mande assinalar: “Eis que vivemos!” (II Coríntios 6: 9).

Não se despeça da máscara. Dê um até breve a quem ela lembra, pensando no Grande Encontro que teremos todos no Céu de nosso Deus e Pai, porque a entrada para esse espetáculo eterno, já foi paga há mais de dois mil anos, ao preço do sangue de Cristo, meu Senhor.

Ocultações

O perfil majoritário do crente dos nossos dias é o daquele que se preocupa com o ocultismo. Tem sido induzido a isso em grande parte da doutrinação de que faz uso o púlpito evangélico hoje. E alguns esmeram-se tanto nesse quesito que parecem tornar-se mestres no assunto.

Mas, a despeito de tanta propalada conquista na chamada batalha espiritual contra as forças ocultas, há algo de oculto no interior de todo crente em Jesus, seja ele “guerreiro” ou não, que o vence e derruba ao chão mais que qualquer possibilidade de ação maligna externa. Falo das ocultações. O que entendemos delas e quanto elas nos afetam? Primeiramente precisamos deslindar o significado disso. É o salmista quem faz referência a elas quando ora, dizendo: “Diante de Ti puseste as nossas iniquidades, os nossos pecados ocultos, à luz do Teu rosto” – Salmo 90:8.

A Versão Corrigida foi mais feliz na tradução do texto quando preferiu a palavra “ocultos” a “secretos”. Porque por secretos, podemos entender como os pecados que cometemos no escondido, nos lugares obscuros ou mais precisamente, como aqueles que pensamos poder esconder e preservar em segredo até diante de Deus. Mas “ocultos” fala de ocultações e por ocultações devemos pensar naquelas coisas que preferimos esquecer, não mexer, enviar para o fundo, abismo do pensamento, por vergonhosas ou por conta do comprometimento que sua revelação carreia. Ficam ocultas do nosso consciente. E achamos que isso fica por isso mesmo. Mas não. Então surge a segunda questão: Quanto essas ocultações nos afetam? Bem mais que o fato de pecados calados, que no dizer de Daví “envelhecem os ossos”, as ocultações têm um poder destrutivo muito maior porque habitando nos porões da amnésia para onde as enviamos, ficam ditando comportamento calcado em culpas encobertas. Isso produz disfuncionalidade psíquica e comportamental, porque já o é no plano espiritual.

As ocultações funcionam como uma sombra entre nós e Deus. Elas são mantidas longe da vida devocional que envolve oração, adoração, serviço, mas fazem sombra. Tornam-se numa parte da personalidade que forçamos por esquecer ou negar, mas que nos trai por fim em nossos comportamentos quando nos leva a identifica-las no outro, e isso provoca reação antagônica, faz-nos agir como juízes imprecatórios que condenam “aquele” agir alheio, pois fazendo assim buscamos apaziguar nossa consciência culpada. A psicanálise refere-se a isso por meio da máxima que preconizou: “Muito do que no outro me incomoda, é meu”. Algo próximo ao comportamento daqueles homens que pretendiam apedrejar a mulher adúltera diante de Jesus. É com referência ao efeito das ocultações que Paulo, apóstolo, disse: “Portanto, você, que julga os outros, é indesculpável, pois está condenando a si mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas” (Romanos 2:1).

O salmista procurou resolver o seu problema com as ocultações quando orou dizendo: “Prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se há em minha conduta algo que Te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno” (Salmo 139:23 e 24). Sua sabedoria é vista no fato de admitir a possibilidade de algo aborrecivo ou reprovável aos olhos de Deus que seus olhos não alcançam, porque oculto ou tão negado por sua mente que caiu em lugar comum e dele não se dava mais conta.

As ocultações são difíceis demais de serem confessadas (mas não impossíveis) porque se fossem de fácil resolução, não teríamos problemas com elas. Elas não estão apenas escondidas. Estão protegidas por negação inconsciente.

Algumas vezes incomadados pela Palavra de Deus chegamos até ao limiar delas, mas elas voltam para os espaços encobertos quando perdendo a coragem de admiti-las uma vez que depõem contra o que achamos que somos, nós criamos um eufemismo confessional para elas, dando-lhes desculpas ou disfarçando-as por colocações mais aceitáveis, algo como trocar a palavra ódio por raiva, esta, socialmente mais aceitável. Mas isso não constitui confissão.

E a solução única que a Palavra Eterna nos apresenta para as ocultações é a mesma para todo nível de pecados, quer superficiais ou profundos: confissão.

A confissão exige antes de tudo que admitamos o erro cometido ou o fracasso reconhecido. Depois sua verbalização diante de Deus. Contudo, é por demais importante dar-nos conta de que não há confissão real que não seja precedida por arrependimento. O arrependimento faz da confissão seu idioma de comunicação com o Deus perdoador. Mas, como fazer para confessar aquilo que tão aprofundado em nosso ser não pode mais sequer ser discernido? Acredito que o apóstolo Paulo nos ajuda quando ensina: “O Espírito (Santo) sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus” (I Coríntios 2:10). Pois foi Jesus quem disse que o Espírito de Deus “convence do pecado”. É com Ele que o crente sincero pode e deve contar quando deseja purificar seu caminho diante do Senhor. Daí a coragem e sabedoria do salmista ao suplicar: “Sonda-me ó Deus, e conhece o meu coração” (Salmo 139:23), pois, para que as ocultações sejam trazidas à luz, precisam de uma prospecção profunda, o uso da sonda de Deus, pelo agir do Seu Espírito no íntimo do nosso ser.