“Um semeador saiu a semear…”

Foi assim que Jesus começou a narrar essa parábola. Ao explicá-la, Ele informou que a semente é a Palavra de Deus, e que o solo em que ela é lançada é o nosso coração.

Sabemos, por força de realidade cristã, que Jesus, no agir do Seu Espírito, é o semeador que lança a semente em nossos corações. Sabemos que toda a Palavra de Deus se constitui na semente. Mas sabemos também que a imago de que se serve a Palavra é semente e plantio, logo, entendemos que o que é plantado está comprometido com a frutificação. Varia o tipo de semente, conforme o propósito do agricultor. Uma será aquela que produz trinta grãos por espiga; outra vai produzir sessenta, e outra, cem.

Associando a parábola a outros contextos bíblicos, penso no fato de que a semente lançada no meu e no seu coração medra, irrigada pelo Espírito de Deus que faz crescer a planta (I Coríntios 3:6), para dar seu fruto na estação própria (Salmo 1:3). O fruto é para o deleite do agricultor (Isaías 5). Ele poda a árvore, no tempo certo, para que dê mais fruto (João 15: 1 e 2).

Assim, Ele está trabalhando nossos corações, o solo onde lançou Suas sementes eternas. Por isso, um dia envia sobre ele chuva. Noutro, envia o sol, porque tem o controle dessa lavoura em Suas mãos (I Coríntios 3:9). Poda, irrigação, sol, vento e o escavar a terra, são imagens de que Se serve o Espírito de Deus, para ilustrar o trabalho do Agricultor eterno, em nossas vidas.

Há tempos entrei num dos viveiros de flores, abundantes na região em que vivo, e observei o agricultor tocando em suas plantas, enquanto as irrigava. Havia um sorriso em seu rosto ao passar por elas, e as contemplava uma a uma. Não faria diferente o Senhor de nossas vidas.