Notícias de Discipulado | Atos De Discípulos (17)

Atos 11: 19-30.

Eu convido você a fazer a leitura desse texto, que não cabe em nosso espaço aqui.

Ele me parece como um noticiário de TV. Se você o ler sob esta ótica, poderá constatar que parece mesmo o enunciado de manchetes fascinantes que espicaçam os sentidos espirituais. Pense comigo num âncora de telejornal, se fosse possível àquela época, comunicando as notícias nestes termos:

Últimas Notícias do Mundo Religioso:

Há cerca de um ano grande perseguição seguiu-se contra os discípulos de Jesus Cristo em Jerusalém, culminando na morte de Estêvão, diácono da igreja que lá se formou. Por conta da perseguição perpetrada contra eles, bom número fugiu para as cidades de Fenícia, Chipre e Antioquia onde procuraram refúgio. Dentre os refugiados encontravam-se judeus seguidores do Crucificado que começaram a pregar a outros judeus, sua nova fé. Mas havia também entre eles discípulos cipriotas e cirineus que resolveram, por sua vez, ensinar sua fé aos gregos e como resultado, grande número de gregos aderiu à nova doutrina, de tal forma que esta notícia foi levada de volta a Jerusalém, onde ainda se encontravam autoridades anciãs desse Caminho.

As autoridades de Jerusalém enviaram como observador a Antioquia, um de seus líderes, homem afamado por seu testemunho de fé e bondade, conhecido como Barnabé, alcunha que ganhou por ser dado a consolar pessoas, conhecidas ou não.

Barnabé reconheceu que de fato os gregos se tornaram tais como eles, os de Jerusalém, e partiu para Tarso, a fim de trazer como reforço para sua missão de discipular esses novos convertidos, a Paulo, outrora um dos perseguidores desses devotos, que acabou mudando de lado e passou a defender o que antes combatia. Tornou-se líder de destaque entre os seguidores do Nazareno. Agora, decorrido um ano inteiro de intenso trabalho desses dois homens junto aos conversos de Antioquia, vem à luz uma surpreendente informação: todos esses seguidores do Crucificado de Jerusalém passaram a ser conhecidos e apontados como pequenos cristos, ou como se tornou popular entre nós, cristãos. Surpreende ainda mais o fato de saber que tal alcunha depreciativa está sendo fortemente bem recebida pelos discípulos, que a adotam, como se fosse título honorífico, ainda que saibamos que significa ser tido como igual ao condenado por Roma como sedicioso.

Os responsáveis por essa estranha adaptação parecem ser os dois citados líderes, Paulo e Barnabé, que tanto persuadiram os novos seguidores a respeito do caráter de seu líder supremo, que estes decidiram incorporar os atributos Dele, entendendo-se identificados com Ele a ponto de se sentirem novos crucificados fora da cruz. Afirmam que o apelido lhes significa que assumem parecer com Jesus Cristo, o Nazareno, até mesmo na ignomínia de sua morte na cruz. Afirmam, outro tanto, que Ele vive neles, e entendem provar essa máxima por conta da ocorrência de milagres em suas reuniões, semelhantes aos que Lhe eram atribuídos quando Ele vivia na Galileia. Chegou-nos de última hora a informação de que um desses discípulos, tido por profeta, de nome Ágabo, vindo de Jerusalém, anunciou que grande fome se abaterá sobre o povo da Judeia, e para espanto geral de observadores externos, tal mensagem produziu tamanha comoção entre os discípulos de Antioquia, que de imediato se desprenderam de bens e recursos para providenciar remessa de suporte e ajuda aos seus correligionários da Judeia. Este fato prova, terminantemente e para espanto geral, que essa gente assume ser, sem sombra de dúvida e sob todos os riscos, o que se diz a seu respeito: cristãos.

Por Que Orar?

Quando lemos que “ainda a palavra não me chegou à língua e Deus a conhece toda”, junto a: “de longe entendes meus pensamentos”, acrescido do que Deus disse em Isaías “E será que antes que clamem eu ouvirei…” , confirmado por Jesus que afirmou: “O Pai sabe o que vocês necessitam antes que lhe peçam”, a oração parece uma desnecessidade, ou exercício inócuo. Então, resta a pergunta que parece caber bem aqui: Por que orar?

Mas, se assim fosse, estaríamos diante de grave equívoco cometido por Paulo: “Orem sem cessar”, e por Tiago: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”. Tanto mais, pela segunda e terceira vez teríamos Paulo equivocado, ao dizer: “Que se façam orações e súplicas por todos os homens”, e: “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas apresentem a Deus suas petições e súplicas, com ações de graça”. Até o Senhor Jesus estaria em contradição porque O vemos orando junto ao túmulo de Lázaro, e no Getsêmani e em muitos outros relatos em que Ele aparece recluso em oração ao Pai.

A oração é uma confissão racional de dependência a Deus.
A oração é nosso encontro com o sagrado em nosso interior.
A oração é nossa solene consciência de quanto somos frágeis em nossa humanidade.
A oração é nossa oportunidade de investir nossos sentimentos e vontade, no céu onde Deus está.
A oração é nossa maravilhosa caminhada em direção à presença bendita do Deus Santo e Eterno.
A oração é o mais santo momento de adoração de um coração que admira Deus.

Por isso ore. Ore hoje. Continue amanhã, e depois e depois… Não espere necessitar pedir algo, para orar. Pode ser que você ache que de nada precise. Não espere ficar mal, não se sentir bem, para orar. Ore quando se sentir ótimo, melhor, feliz, pois assim você estará apresentando o seu melhor a Deus. E se tudo estiver ruim, de mal a pior, ore também. Ainda mais. Se não der para falar, pode gemer. Se não for possível gemer, apresente seu silêncio. O próprio Espírito de Deus geme em oração a seu favor. E quando você nada puder nem souber dizer, Ele estará dizendo em seu lugar, por você, pois, “…aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus.”- Romanos 8:27 .