“O Senhor me disse: “Você viu bem, pois estou vigiando para que a minha palavra se cumpra”. Jeremias 1:12.
Jesus afirmou: “Céus e terra passarão, mas a minha Palavra não há de passar” (Mateus 24:35). Outro tanto, o salmista disse: “Para sempre a Tua Palavra está firmada no céu” (Salmos 119:89).
A infalibilidade da Palavra de Deus, no passado, foi desafiada durante a passagem do tempo. E foi o próprio tempo, alongado nas eras, que a comprovou em sua fidedignidade. Ela projetou-se no ontem distante, para um futuro que hoje é passado, para nós, dando-nos o privilégio de sermos as testemunhas de seu cumprimento infalível. E no presente, ainda aguarda o cumprimento de profecias que correm vigiando a História há mais de dois mil anos. Entre inúmeras profecias cujo cumprimento esperou até mais de duzentos anos para além do tempo de vida do próprio profeta que as proferiu, temos aquelas que apontavam para detalhes da encarnação do Filho de Deus, precedendo os fatos em até mais de mil anos.
Mais de setecentos anos antes de Cristo nascer em Belém, Isaías predisse que Ele nasceria de uma virgem. Miquéias, com precedência de cerca de 700 anos, profetizou que Ele nasceria na cidade de Belém. Sua mãe estava em Belém quando lhe sobrevieram as dores de parto, e foi onde Ele nasceu. Cerca de mil anos antes, Daví profetizou no salmo 22 que Ele morreria colocado à vista de todos. Num primeiro momento, qualquer um poderia entender que o herói da epopéia de Daví iria morrer numa forca. Mas o texto falava de distensão de ossos, e mãos e pés traspassados, e todo um sofrimento paralelo que só a morte por crucificação facultava. Somente 800 anos depois de Daví surgiu na história o Império Romano que executava seus inimigos com morte na cruz.
O passado indefectível da Palavra de Deus, proclama com eloquência que não falhará quanto aos seus vaticínios futuros para nós. A razão, Jeremias registrou: O próprio Deus que a ditou, mantém sobre ela vigilância para que se cumpra em seu exato momento. É Seu compromisso, atento sobre ela. Não está condicionado ao crer ou descrer de quem a ouve. A condição para seu cumprimento é a fidelidade Daquele que a proferiu. Portanto, com a mesma fidelidade com que se cumpriu ao afirmar que Jesus nasceria, vindo a este mundo pela primeira vez como homem, ela anuncia já há milênios, que Ele virá uma segunda vez, e “todo olho O verá”. Ao mesmo tempo avisa que nessa ocasião, a História findará, tal como a temos.
Esta é a lente que temos diante de nossa fé quanto à Revelação escrita de Deus. Mas é certo que, na mesma medida em que a Palavra se cumpre como promessa no geral, ela se cumpre como promessa no particular. Aquilo que a palavra de Deus preconizou particularmente a cada um de nós, que pela fé e temor ao Seu Nome, apropriamo-nos do que nos concerne nela, se cumprirá, com o mesmo caráter da Palavra Eterna, que Deus garantiu dizendo: “assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.” – Isaías 55:11. E portanto, vale atender ao que disse o profeta Oseias: “No teu Deus, espera sempre” – Oseias 12:6.